“O garoto resolveu expor seus sentimentos, com o som de um gatilho - pena que quando se atravessa a linha, não há mais volta. Mesmo com a dificuldade de não ter amigos, ele começou a se sentir despreocupado, contente. Se o fizesse, talvez todos lembrar-se-iam dele. Sim, já fazia tempo, mas não havia sentido. Tudo aconteceu na noite em que o mundo se tornou mais calmo, mais leve; quando ele experimentou esse sentimento pela primeira vez. Confuso? Talvez... Não importa o quanto ele tentava, só lhe restava o seu fim, mas as palavras de outros ainda marcavam o seu caminho: “E não nos deixeis cair em tentação”.
Porém, há essa hora, o mundo já havia voltado ao normal.
Seus olhos não demonstravam mais angústia...
Sua mente não pensava mais em desistir...
Sua respiração estava aliviada...
E seu coração já não batia descompassado.”
Camilla virou o rosto e rasgou a página do livro que contava a história dum pequeno menino ingênuo de olhos acinzentados. Ainda com os olhos secos, prometeu a si mesma que nunca mais iria tocar nesse assunto, mesmo que isso ainda atormentasse suas noites, libertando-a nos primeiros raios de sol.
[Dezenove de junho de 2011. Hoje ela completaria dezessete anos, se não tivesse me deixado há mais de nove meses. Independente de onde esteja, ainda vamos nos encontrar.]
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