Querido Diário, você clama por uma verdade? Se eu te contar, você lutaria por uma mentira. Como nós não temos muito tempo (mas temos tempo o suficiente), eis a descrição surrealista de uma mente conturbada:
"Começou em uma noite, e tornou-se uma aventura. Não me sentira assim desde quando meu primeiro romance acabou (foi esse quem levou embora a essência de um coraçãozinho feliz) e não me deixava dormir a noite, implorando por uma última dança com minha alma gêmea. Perfeita para sobreviver eternamente, perfeita demais para a morte nos separar.
De certo que todos os contos de fada começam com um 'Era Uma Vez...' e terminavam sempre com um final feliz, mas Querido Diário, e se eu te contar que a minha história não é nada parecida? O universo está cheio de pontos de vista diferentes, alguns são certos e outros, errados. Não foi apenas 'Uma Vez', e sim várias vezes que me fizeram sentir dessa forma, tentando escapar da realidade: menosprezada e subjugada, um pouco abatida e angustiada, invisível pela maioria dos olhos. É isso que eu recebo pelas escolhas que fiz, ou pelos pecados cometidos? Por que é que aquilo que faz a felicidade do homem acaba sendo, igualmente, a fonte de suas desgraças? Bem, não me adianta resolver esses enigmas (pois os conheço suficiente e não vou a lugar nenhum com ou sem eles) e essas serão minhas cicatrizes, tenho de conviver com elas. Agora pire na minha loucura (não importa se eu ligo, está tudo dentro de minha mente) e antes de iniciar, como se diz 'Adeus', quando dificilmente dizemos 'Olá'?"
Nenhum comentário:
Postar um comentário