O Sol Brando
Foram todos deitar, mas as luzes não se
apagaram, ninguém dormiu.
Vararam a noite jogando cartas, desafios e
contando histórias de terror a luz de uma lanterna fraca, acompanhadas com
salgados e refrigerantes. Alguns desistiram da noitada. Cecília, alegando
morrer de sono, foi a primeira a se deitar; Micaela e Alex deixaram o grupo
logo depois e migraram para outro quarto, à procura de privacidade.
Na ordem,
Yuki, Harumi e Camilla se foram, mas não descansaram o suficiente para o próximo
dia.
Eram cerca de oito horas e o mordomo acordou
a todos, um pouco pávido.
— Algum
problema, senhor?
— Sim.
Nossa empregada foi ao quarto da Solange, mas ela não estava lá. Também não
havia sinais de que ela dormiu lá, e procura-la nos lugares costumeiros não nos
levou a nada.
Camilla estranhou.
— E que
tal perguntarmos ao Solomon?
—
Tentamos contatar o quarto dele pelo interfone, mas não obtivemos resposta.
— Então
Solange está desaparecida e Solomon não responde as ligações?
—
Resumindo, é isso que está acontecendo.
Há essa hora, o grupo se olhou.
— Que
tal entrarmos no quarto dele então? Você não tem a chave?
— O
quarto do mestre é uma exceção. Ele guarda seus documentos de trabalho lá. Não
temos autorização de entrar lá, e apenas ele tem a chave mestre.
Com um leve cutucão, Harumi disse à Camilla
tudo que queria dizer, mas não tinha idéia de como o fazer na frente do mordomo.
Ela compreendeu.
— É
melhor irmos lá ver. Harumi, Mica, Alex, venham comigo. Yuki, fique aqui com a
Cecília.
Camilla tomou a vanguarda, mas como não
conhecia o hotel então estacou no primeiro corredor do terceiro andar. Como uma
flecha, Harumi passou do seu lado em direção ao quarto certo.
Quando todos chegaram, o mordomo, ofegante,
tentou abrir a porta em vão.
Eles nem ao menos resposta do outro lado obtiveram. Não havia
idéia do que fazer, até Alex ter o brilhante pensamento.
— Temos que arrombar.
Consentiram com a cabeça. Ambos (ele e o
mordomo) forçaram a porta três vezes com o corpo, e na quarta ela se rendeu. Com
a força aplicada, todos foram parar no chão.
Foi ao olhar para cima e para frente que o
garoto realmente despencou. Na porta, as garotas tiveram a mesma vista...
Solomon jazia no chão com uma faca fincada
ao peito.
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