Royal Straight Flush
Chovia
muito lá fora e as ondas pareciam bem mais fortes do que o máximo aceitável
para usarem o barco. Ninguém acordara disposto e nem mesmo o desjejum trouxe energia
para encarar o dia. Solomon, por exemplo, não estava na mesa junto com os
outros.
— Meu mestre não é alguém que acorde cedo,
isso é difícil. Sua ausência nesta manhã é rude, mas espero que vocês
compreendam.
Incapazes de sair, passaram o dia inteiro na
sala de jogos, no subsolo. Tênis de mesa, sinuca, xadrez, dardos, pebolim e até
um canto tranquilo para Harumi terminar seu livro.
— Parece que vocês estão se divertindo.
Solomon entrou na sala com um grande sorriso
no rosto, muito típico. Solange vinha logo atrás, cumprimentou a todos e
perguntou se poderia ingressar no jogo. Camilla, já de pé, ofereceu seu lugar
na mesa de pôquer.
— Estamos jogando Texas Hold’em. Temos um flush
na mão, mas acho que a Micaela está blefando.
Alguns minutos bastaram para provar que
Solange sabia manipular muito bem. Ao mesmo tempo em que ela abraçou todas as
fichas da mesa com um belíssimo Royal
Straight Flush, seu irmão se despedia dos jovens (tinha algumas coisas a fazer).
Guardou sua caderneta no bolso da camisa e caminhava em direção a saída, mas
advertiu-os:
— Preciso
organizar meus trabalhos, então estou indo embora. Amanha pode ser que nós joguemos
outros jogos*.
Já era tarde, então concordaram em ir para
os quartos.
[* Desculpem-me
se a concordância estiver errada, e novamente pela crônica tardia.]
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