"E tu, bondosa alma, que te sentes tão angustiada como ela...
Consola-te com os seus sofrimentos, e permite que esta pequena personagem se torne sua amiga
(com todo vosso zelo e compaixão) que, por destino ou culpa própria, não tiveres outro mais próximo.
Não poderei recusar vossa admiração e amor para essa alma, nem ao seu caráter.
E com lágrimas, acompanhe o seu destino."

Sofrimentos do Jovem Werther (Primeiro Livro) - Goethe

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

50_ Os espelhos do Nirvana


   Diferente do bairro, o prédio era magnífico! Seus jardins sob as luzes dos postes eram tão verdes quanto qualquer outro da vizinhança em pleno dia ensolarado; as sacadas dos apartamentos, uma de cada vez, convidavam seus vizinhos a se hospedarem no lar, enquanto que cada morador trazia um sorriso diferente no rosto, totalmente pessoal, mas tão amigo quanto os outros. Naquele lugar, todos se respeitavam, tanto que o salão de festas era usado semanalmente.
   Subiram por um elevador espelhado, onde aproveitaram para tirar algumas fotos, mesmo que a nossa menina não fosse fotogênica. Tudo isso ao som das músicas de elevadores tanto comum em filmes e seriados da televisão. Alguns minutos depois da diversão, ambas chegaram a um apartamento no mínimo, diferente: seu interior era novo aos olhos da Camilla devido ao tema oriental. Tanto que um gato balançando a mão direita se encontrava embaixo de uma espada fina japonesa e vários espelhos estavam fixados nas paredes.
 — Está salva, minha amiga! Só não esquece de tirar os sapatos.
 — Aqui é... lindo!
 — Isso é verdade, e acho que nunca vou me esquecer daqui.
 — E tem como?

   Mesmo que isso tudo fosse incomum, era estava se sentindo em casa.
 — Separei algumas roupas pra você colocar depois do banho. Vou arrumar sua cama, está bem?
 — Obrigada por tudo.
 — Isso é o mínimo que eu podia fazer. Te ver naquele estado é horrível!
 — Então você é meu anjo da guarda?
 — Eu gostaria de ser. Agora vai lá se banhar, a janta está quase pronta, e você deve estar faminta!
 — Como adivinhou?
 — Ora, você anda cambaleando. Ou é fome, sono...
 — ...Ou os dois ao mesmo tempo.

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