Precisava urgentemente
apagar a mácula que surgiu meses atrás. Poderia se perder nos vícios da vida; andar
pelo caminho errado, mas nada disso aconteceu (não com essa simplicidade): abriu
a mente para outras pessoas e começou a sair com os vizinhos e amigos nos fins
de semana. De longe, Camilla era a mais correta do grupo: suas privações não
permitiam que seu caráter mudasse. Como resposta, um óbice imposto pelos mais
velhos deixava a jovem restrita a certas atividades e lugares.
Deixou seus princípios de
lado e tentou o máximo que pode; a única coisa que queria era adaptar-se aos
outros. Ela queria que eles fossem seus amigos, e ela faria tudo o que pedissem. Para
ganhar um sorriso, faria coisas talvez erradas, mas a todo tempo eles
debochavam... Então ela se isolou novamente por achar que ninguém gostava dela.
— Deixa disso Cá! Vá se arrumar, hoje tem festa.
Quem disse isso foi
uma das mais novas iniciadas naquela turma. Ela esteve um pouco perdida também, mas melhorou. Ficou grávida.
Finalmente ganhou o que queria: alguém para amar.
Mas um dia ela acordou péssima; o seu corpo queria lhe dizer algo e soube
imediatamente.
Então começou a chorar,
pois não seria mais mãe.
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