Assim, dois homens vestido de maneiras distintas chegaram à encruzilhada. Um deles, aparentemente perdido, se chamava Todo-o-Mundo. O outro bem pobre (mas de cabeça erguida, o que me impressionou muito) se chamava Ninguém. Passaram-se alguns instantes até começarem a conversar, e minha condutora, em silêncio, esticou a mão com uma pena e um pedaço de pano amarelado.
Ninguém: O que anda procurando amigo?
Todo-o-Mundo: Busco dinheiro, gastando meu tempo inteiro.
Ninguém: E eu me chamo Ninguém e busco a consciência. Outro bem maior que esse?
Todo-o-Mundo: Busco quem me adorasse por tudo que eu fizesse.
Ninguém: E eu quem me repreendesse em cada coisa que errasse. E agora, o que busca aqui?
Todo-o-Mundo: Busco honra muito grande.
Ninguém: E eu quero apenas virtude.
Todo-o-Mundo: Também procuro muito o paraíso.
Ninguém: E eu ponho-me a pagar pelo quanto devo para isso.
CAMILLA, QUE ISSO LHE SIRVA DE EXPERIÊNCIA: TODO-O-MUNDO BUSCA DINHEIRO, ENQUANTO NINGUÉM A CONSCIÊNCIA.
O que mais devo anotar?
O QUE JÁ DEVIA TER APRENDIDO: TODO-O-MUNDO QUER SER LOUVADO, ENQUANTO NINGUÉM SER REPREENDIDO.
O que mais escreverei?
A LIÇÃO DA JUVENTUDE: TODO-O-MUNDO PROCURA HONRA, E NINGUÉM PROCURA POR VIRTUDE.
Mais algo?
SEREI BREVE: ESCREVE QUE TODO-O-MUNDO QUER PARAÍSO, E NINGUÉM PAGA O QUE DEVE.
E foi dessa forma que eu aprendi, mais tarde, que não sou ninguém, e muito menos me comparo a todas as outras pessoas do mundo.
Pelo contrário, nunca busquei nada, e se eu perder algo hoje, não sentirei falta de imediato."
passando, desejando uma otima semana,
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