Estava revitalizada após o banho e a refeição. Mais o primeiro que a segunda que fez efeito significativo, pois nem de longe a água quente e renovadora podia ser comparada aos finos hashis que tardia a encher, de grão em grão de arroz, uma robusta garfada.
— Se você não estivesse tão mal assim, eu te ofereceria um pouco de saquê.
— Posso te acompanhar, mas não bebo.
— E não beber é opção, amiga. Eu que não posso me servir, é falta de educação.
— Está certo. Se tiver Coca-Cola, eu aceito.
E assim, uma servia a outra com suas respectivas bebidas no copo enquanto os ponteiros de um relógio oval se satisfaziam com cada tic tac, desabando para a direita do disco.
— Hum, acho que já é hora de irmos dormir.
— Espera mais alguns goles!
— Isso vai te fazer mal... Continuamos outra hora.
— Calma. A partir da terceira ou quarta, eu começo a enxergar dragões.
— Mas esse copo deve ser o sexto.
— E até agora não vi uma iguana se quer.
— Chega! Vamos dormir, só vou tomar um remédio.
Assim, a nossa jovem revirou a bolsa atrás do que havia ganhado do taxista mais cedo. Ao encontrar, não hesitou em tomá-lo, pois era simplesmente para dor de cabeça. Pegou um copo d’água, colocou o comprimido na ponta da língua e engoliu-o junto com a bebida.
E a partir de agora, tudo se encontrará na mente dela, e alguém não terá bons sonhos...
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