Viajamos durante um bom tempo, mas sem noção das horas que nós gastamos caminhando, nem do quanto andamos em silêncio. Só me restava esperar pelo final, qual quer um que este fosse. Atravessamos ruas, trilhas e desfiladeiros; cruzamos avenidas, campos e lagos, mas continuamos além do horizonte: mesmo que um fosse vencido, haveria outro para desafiar. Acima de nós, nenhuma nuvem ou estrela, tudo que consegui enxergar era manchas sem cor e borrões sem forma.
Paramos ao pé de um monte não muito alto com uma casa construída no seu topo, mas sem escadas nem outra maneira de chegar nela. O único caminho, a partir de agora, era contornar o obstáculo e pra isso, dois caminhos eram a solução.
Chegamos?
CHEGAMOS AONDE? E ONDE VOCÊ PRETENDE IR?
Pretendo ir a lugar nenhum.
ENTÃO JÁ QUER VOLTAR PARA CASA? IR PARA TERRA FIRME?
Eu não sei aonde ir.
ENTÃO SIGA A DIREITA.
E por que não pela esquerda?
PRA QUEM CAMINHA SEM DESTINO, QUALQUER CAMINHO SERVE. CONCORDA COMIGO? AGORA FIQUE CALADA E ASSISTA. SE PRECISAR, TOME NOTA DO COVENIENTE, MAS NÃO ATRAPALHE A HISTÓRIA: ELA É MAIS ENGRAÇADA E MUITO MELHOR QUE A SUA.
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