É sempre divertido andar de metrô, não sei bem o porquê, mas convenhamos que seja divertido mesmo assim.
Sonhei que estava sozinha, sentada com os óculos quebrados, o que significa que minhas cicatrizes estão me seguindo através do túnel em um trem de Paris, emergindo na chuva de Londres, após nadar em meio as desculpas. Tinha um soldado em pé perto de mim. Ele estava procurando pelas palavras perfeitas, e eu só esperando que o trilho chegasse ao fim. Eis a diferença entre nós: ele procura como enfrentar seu destino, enquanto eu tento fugir, sem deixar de lado a vontade de o fim chegar logo. Essa é a discórdia entre nós, que ficou mais clara quando ele pisou no meu pé com aquele coturno tinto, sem se dar o luxo de pedir desculpas.
Virei o rosto. Algo tão banal assim não podia acabar com minha viagem. Mas só de olhar a paisagem pela janela, o incômodo havia passado; as casinhas humildes na montanha e as poucas árvores na planície me distraíram, e a sensação de um cotidiano despreocupado me fez lembrar de uma carta escrita a mão. Suas letras riscadas com carinho e o "Eu sempre te amarei" encheu meus olhos. Lembrei também da noite onde nós andamos ao longo da metrópole indo assistir algum filme no cinema.
Virei o rosto. Algo tão banal assim não podia acabar com minha viagem. Mas só de olhar a paisagem pela janela, o incômodo havia passado; as casinhas humildes na montanha e as poucas árvores na planície me distraíram, e a sensação de um cotidiano despreocupado me fez lembrar de uma carta escrita a mão. Suas letras riscadas com carinho e o "Eu sempre te amarei" encheu meus olhos. Lembrei também da noite onde nós andamos ao longo da metrópole indo assistir algum filme no cinema.
Senti a recordação me dominar, e ao mesmo tempo o soldado virou e então se afastou. “Dane-se por existir, mal-educado! Só quero andar de metrô.”
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