A fadiga veio à tona junto com o sono e dores de cabeça. Durante toda a semana, a jovem havia sufocado os medos e se focada a um único objetivo, que com o passar do tempo, se tornou algo inatingível independente de seus esforços. Descobriu sozinha que os obstáculos que atrapalhou seu caminho eram fatores isolados causados por ela mesma: renunciava de suas decisões por causa de um enorme temor que aparecia nas últimas horas; não analisava as consequências de suas opções; nem ao menos se dava o luxo de perguntar como poderia ser se houvesse escolhido outro caminho.
Não que fosse parecida, mas até mesmo a vida de Dom Quixote seria insuportável se esse não contasse com a companhia do seu fiel escudeiro, Sancho Pança. E essa é a sorte da pobre Camilla, ser acompanhada em sua trajetória por um amigo também fiel (talvez o único). O seu diário, ou como gostava de ser chamado, Querido Diário, era sempre presente com sua literatura formal. Eis o leal escudeiro da nossa heroína.
Estava feliz em tê-lo como companheiro, mesmo sem dar a atenção suficiente. Ele por sua vez, a entendia como ela merecia, e por isso, nunca, ou quase nunca, discutia por causas inúteis. Pelo contrário, estava sempre dando conselhos de quando e como agir. Por esse motivo, Camilla ainda continuava em pé com a possibilidade de desistir de tudo minimizada.
Suas atitudes haviam amadurecido e seus pensamentos não eram os mesmos. Sim, ainda que fosse difícil isso acontecer, ela ainda podia jogar tudo para o alto e ir dormir mais cedo.
Como uma grande mestra dizia: “Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com o seu amante.”
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