Era aproximadamente sete e meia da noite, o vento gelado (principalmente) fazia seus olhos lacrimejarem, quando passou na frente de um prédio com duas torres altíssimas e vários vitrais com a imagem de um senhor , que a primeira vista parecia muito bondoso. Apesar de não conhecer uma religião de fato, decidiu entrar escutar um pouco, mesmo que fosse atrasar seu compromisso.
Havia ali várias pessoas de mão dadas, e mesmo sem entender o que se passava, achou magnífico um lugar onde havia essa confraternização. Ouvia-as dizendo sobre uma sentença o que, segundo elas, estaria próximo: “A boca do Justo se prepara para falar sobre sabedoria e Sua língua proclamará o julgamento”. Também conseguiu escutar nitidamente: “Bem Aventurado o homem que suporta a tentação, pois quando for reconhecido como bom, receberá a coroa da vida!”
Havia ali várias pessoas de mão dadas, e mesmo sem entender o que se passava, achou magnífico um lugar onde havia essa confraternização. Ouvia-as dizendo sobre uma sentença o que, segundo elas, estaria próximo: “A boca do Justo se prepara para falar sobre sabedoria e Sua língua proclamará o julgamento”. Também conseguiu escutar nitidamente: “Bem Aventurado o homem que suporta a tentação, pois quando for reconhecido como bom, receberá a coroa da vida!”
Sentiu-se satisfeita, pois finalmente, depois de um dia inteiro caminhando pela metrópole, encontrou um local onde as pessoas agradeciam por mais um dia de vida, pela sua saúde e pelas dificuldades diárias que foram vencidas. Mesmo nunca ter olhado pro teto como os demais fizeram, sentiu que não fosse necessário, pois suas intenções sempre foram as mais justas possíveis. Nesse instante, um senhor de idade avançada lhe dirigiu a palavra, mas de uma maneira muito aconchegante, mesmo por causa do frio que fazia ali na porta:
— Quão serena, quão benigna e sorridente! Creio que esta seja a sua primeira visita à Casa do Senhor! Seja bem vinda e sinta-se em casa!
Nesse momento, lembrou-se da desigualdade do seu lar, e que mesmo que fosse tão diferente, ainda era o seu. Com toda a educação possível do mundo, agradeceu a hospitalidade e se despediu. Num caminhar vertiginoso, alguns segundos depois, escutou o anacoreta ponderar, com toda sabedoria do mundo e soprar:
— Senhor, chama divina, tenha Piedade...
Ela não conseguiu desvendar o significado da expressão, mas deduziu que este era o único desacerto da noite.
E são essas pedras vivas que clamam, o prédio é apenas um local onde as elas cosntroem suas vidas espirituais...
ResponderExcluirAdorei o texto!
Bjssss